O que leva milhões de pessoas ao ato de fazer compras se tornar um vício com tantas consequências? Por que homens e mulheres não conseguem se controlar e acabam extrapolando seus gastos em compras, estourando o limite do cartão de crédito, levando a si próprio a às vezes sua família à ruína fincanceira.
Para Freud a pulsão é inerente ao ser humano, é uma força cujo impacto não cessa de acontecer, exigindo uma satisfação imediata, não importando como. Existem dois tipos de Pulsão: "Pulsão de Vida", que leva à preservação, e "Pulsão de Morte", que leva à destruição. Essas pulsões são paralelas durante a vida, existindo um limite para que fiquem dentro da normalidade.
A busca pela satisfação compulsiva será feita sempre através da repetição. Um bom exemplo é a compulsão por compras, quando o indivíduo busca objetos substitutos, não importando o material em si, mas sim o ato de satisfação da busca.
A pessoa compulsiva não consegue entender o que acontece com ela que diante de grande angústia e ansiedade precisa sair, comprar coisas, e somente assim consegue apaziguar os sintomas. Para em seguida se arrepender, prometendo que não fará mais. Porém diante de outra situação de angústia, a situação se repete, ela se sente culpada e se pune, repetindo novamente o ciclo da compulsão. Os comportamentos compulsivos buscam alívio de tensões emocionais, geram desconforto seguido de forte angústia.
No entanto, a compulsão não se restringe somente ao ato de comprar, pode ser também voltada para bebidas, drogas, jogos, relacionamentos afetivos, sexuais, etc. É algo mais forte que a vontade do indivíduo, está associada à descarga de tensão, de dor, e não pode ser confundida com desejo, pois a compulsão exige urgência, imediatismo, quando no desejo, a pessoa aguarda o momento mais adequado para realizá-lo.
Por isso, cada um deve descobrir o que tanto busca. No processo de investigação da mente, no atendimento psicanalítico, ocorre a elaboração psíquica, permitindo que a pessoa experimente o impacto emocional de uma situação traumática e o transforme em processos psíquicos capazes de serem imaginados, pensados e verbalizados. Assim, podemos recordar em vez de repetir.
"Ser feliz é uma arte, um quadro a pintar. E a obra de arte só será completa quando a caminhada for esgotada, quando se completar a estrada."
quinta-feira, 26 de julho de 2012
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Depressão
A depressão é um sintoma típico de nossa época atual. É um transtorno que acomete várias pessoas independentes de sexo, idade ou grau de instrução. A depressão é mais comum entre as mulheres, superando até mesmo o câncer e as doenças cardíacas.
Mas quais seriam as causas por trás desse transtorno, conhecido também como "doença da alma", que se apodera da pessoa causando tanto mal a ela mesma, aos amigos e familiares?
A depressão nunca ocorre como um fato isolado, ela está sempre ligada a fatos ou acontecimentos da vida daquele que sofre. São acontecimentos da vida do deprimido, que não foram elaborados emocionalmente, como a perda do trabalho, separação, morte de pessoa querida etc. A lista é imensa, afetando o corpo pela psique, pelo inconsciente.
As pessoas deprimidas não dizem ou não fazem o que querem fazer e sim, o que acha que o outro quer que ela faça. Cedem tanto em relação às palavras e ao que desejam fazer que acabam perdendo a vontade de levantar da própria cama e fazer coisas rotineiras. Perdem a vontade de trabalhar, acordar, enfim perdem o desejo de viver, sofrendo e fazendo sofrer todos ao seu redor.
Esses pacientes chegam se arrastando em nossos consultórios e à medida que relatam sua história, a atual e a de sua infância, descobrem o quanto são afetados em seu corpo e mente pelo que dizem, deixaram de dizer e principalmente pelos acontecimentos da sua infância.
Á medida que contam e escutam sua história, percebem a sua relação com as pessoas e o que tem feito com sua vida. Fazem descobertas, trazem lembranças, sonhos, desencadeando um processo que possibilita a recuperação da autoestima, dando sentido a sua vida.
Ao falar sobre si mesmo, o paciente elabora suas emoções e alimenta o seu corpo de desejo, ao invés de alimentar a depressão com a falta de palavras, deixando de ser invadido por sensações desagradáveis.
É necessário que cada pessoa seja responsável pelo seu desejo de viver e de existir, pois cada um deve se encarregar de sua história, seu destino e sua felicidade.
E lembre-se de pedir ajuda! Não se esqueça de procurar um analista!
Mas quais seriam as causas por trás desse transtorno, conhecido também como "doença da alma", que se apodera da pessoa causando tanto mal a ela mesma, aos amigos e familiares?
A depressão nunca ocorre como um fato isolado, ela está sempre ligada a fatos ou acontecimentos da vida daquele que sofre. São acontecimentos da vida do deprimido, que não foram elaborados emocionalmente, como a perda do trabalho, separação, morte de pessoa querida etc. A lista é imensa, afetando o corpo pela psique, pelo inconsciente.
As pessoas deprimidas não dizem ou não fazem o que querem fazer e sim, o que acha que o outro quer que ela faça. Cedem tanto em relação às palavras e ao que desejam fazer que acabam perdendo a vontade de levantar da própria cama e fazer coisas rotineiras. Perdem a vontade de trabalhar, acordar, enfim perdem o desejo de viver, sofrendo e fazendo sofrer todos ao seu redor.
Esses pacientes chegam se arrastando em nossos consultórios e à medida que relatam sua história, a atual e a de sua infância, descobrem o quanto são afetados em seu corpo e mente pelo que dizem, deixaram de dizer e principalmente pelos acontecimentos da sua infância.
Á medida que contam e escutam sua história, percebem a sua relação com as pessoas e o que tem feito com sua vida. Fazem descobertas, trazem lembranças, sonhos, desencadeando um processo que possibilita a recuperação da autoestima, dando sentido a sua vida.
Ao falar sobre si mesmo, o paciente elabora suas emoções e alimenta o seu corpo de desejo, ao invés de alimentar a depressão com a falta de palavras, deixando de ser invadido por sensações desagradáveis.
É necessário que cada pessoa seja responsável pelo seu desejo de viver e de existir, pois cada um deve se encarregar de sua história, seu destino e sua felicidade.
E lembre-se de pedir ajuda! Não se esqueça de procurar um analista!
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