sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Terapia

" O processo terapêutico é uma parceria entre dois seres humanos que se tornam companheiros da viagem árdua, porém gratificante, que é o mergulho no interior de cada um." Irvin Yalom


" O analista é alguém que não deixa você desistir de você mesmo. O psicanalista nunca está te direcionando, mas ele não deixa você parar de andar." Jorge Forbes


" O retorno à infância na terapia é para ajudar o paciente a reverenciar a perda do amor e expressar a tristeza associada a ela. É para ajudar o paciente a encontrar seu caminho de autoamor, autoaceitação e desenvolver a fé em si mesmo para substituir a que ele não conseguiu obter de seus pais."
Alexander Lowen

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Pessoas que amam demais

Existem pessoas que amam como quem defeca.
Há uma fase do desenvolvimento infantil que se caracteriza pela busca do controle dos próprios esfíncteres. Esta fase, também chamada de educação para a limpeza, é o momento em que nossos pais ou cuidadores desejam se livrar do ônus de nos trocar as fraldas e começam a nos dizer que existe uma hora e um lugar certos, onde devemos depositar nossos excrementos. Infelizmente isso geralmente se dá numa idade em que a criança não tem percepção suficiente do próprio corpo para ser capaz de controlar algo tão sutil quanto o esfíncter anal, por exemplo, e quando ainda não tem noção de identidade que exclua de si os seus feitos.
Assim sendo, o fazer coco no peniquinho demanda um esforço físico e psíquico que acaba por criar na consciência a noção de que ser capaz de controlar-se e de satisfazer as expectativas do ambiente é o que há. Tal criança acredita que está presenteando os pais por cumprir-lhes as regras e que merece por tanto a sua aprovação e reconhecimento.
Na fase adulta, as pessoas que permaneceram de alguma forma estagnadas neste momento de seu desenvolvimento, acreditam que por darem o que consideram ser o seu melhor merecem receber o que desejam. Para a criança esse melhor são suas fezes, sua primeira grande produção, seu presente para o mundo.
Adultos que amam assim procuram reproduzir em seus relacionamentos essa relação entre produção e satisfação: " Eu te dou carinho, afeto, atenção, presentes, sexo; te levo para passear; te dou liberdade...Como você pode não estar satisfeita!?! Como você não pode reconhecer que sou o melhor para você!?!
Tais pessoas se traduzem como grandes amantes incompreendidos, homens e mulheres que amam demais, que se doam completamente e nunca encontram alguém capaz de corresponder à nobreza de sua alma.
Na sua concepção narcisista da realidade não conseguem perceber que o que consideram ser o seu melhor não é necessariamente satisfatório para o outro ou o que pretendem dar, como liberdade e prazer, simplesmente não lhes pertence.  
Em verdade, não se relacionam de fato, pois relacionar-se envolve perceber o outro e ser percebido por ele e não simplesmente fazer do outro o depósito de seus dejetos afetivos, de suas dores e angústias, dos seus excrementos emocionais enfim e traduzir isso como: " Eu sempre te dei o meu melhor."
Amar não é fazer a coisa certa. Amar não é buscar em alguém ao preenchimento de seu vazio interior. Amar é compartilhar completude.
Por isso, quando encontro alguém ansioso por me dar o seu melhor, eu respondo, educadamente:
"Desculpe-me! Seu melhor não é o que é bom para mim."




Debora Damasceno
Blog: ossentidosdoprazer.blogspot.com






   

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Entre Aspas

" Somos o que fazemos. Mas somos, principalmente,
   o que fazemos para mudar o que somos."
    Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio.
                                (1940)



" Quanto mais esquecido de si mesmo está quem escuta,
   tanto mais fundo se grava nele a coisa escutada."
   Walter Benjamin, filósofo e sociólogo, judeu alemão.
                                (1892-1940)



" O mundo não precisa ser arrumado, ele já está em ordem.
   Cabe a nós nos colocarmos em harmonia com essa ordem."
   Henry Miller, escritor americano.
                               (1891-1980)
  




quinta-feira, 26 de julho de 2012

"Com-Pulsão" por Compras

O que leva milhões de pessoas ao ato de fazer compras se tornar um vício com tantas consequências? Por que homens e mulheres não conseguem se controlar e acabam extrapolando seus gastos em compras, estourando o limite do cartão de crédito, levando a si próprio a às vezes sua família à ruína fincanceira.
Para Freud a pulsão é inerente ao ser humano, é uma força cujo impacto não cessa de acontecer, exigindo uma satisfação imediata, não importando como. Existem dois tipos de Pulsão: "Pulsão de Vida", que leva à preservação, e "Pulsão de Morte", que leva à destruição. Essas pulsões são paralelas durante a vida, existindo um limite para que fiquem dentro da normalidade.
A busca pela satisfação compulsiva será feita sempre através da repetição. Um bom exemplo é a compulsão por compras, quando o indivíduo busca objetos substitutos, não importando o material em si, mas sim o ato de satisfação da busca.
A pessoa compulsiva não consegue entender o que acontece com ela que diante de grande angústia e ansiedade precisa sair, comprar coisas, e somente assim consegue apaziguar os sintomas. Para em seguida se arrepender, prometendo que não fará mais. Porém diante de outra situação de angústia, a situação se repete, ela se sente culpada e se pune, repetindo novamente o ciclo da compulsão. Os comportamentos compulsivos buscam alívio de tensões emocionais, geram desconforto seguido de forte angústia.
No entanto, a compulsão não se restringe somente ao ato de comprar, pode ser também voltada para bebidas, drogas, jogos, relacionamentos afetivos, sexuais, etc. É algo mais forte que a vontade do indivíduo, está associada à descarga de tensão, de dor, e não pode ser confundida com desejo, pois a compulsão exige urgência, imediatismo, quando no desejo, a pessoa aguarda  o momento mais adequado para realizá-lo.
Por isso, cada um deve descobrir o que tanto busca. No processo de investigação da mente, no atendimento psicanalítico, ocorre a elaboração psíquica, permitindo que a pessoa experimente o impacto emocional de uma situação traumática e o transforme em processos psíquicos capazes de serem imaginados, pensados e verbalizados. Assim, podemos recordar em vez de repetir.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Depressão

A depressão é um sintoma típico de nossa época atual. É um transtorno que acomete várias pessoas independentes de sexo, idade ou grau de instrução. A depressão é mais comum entre as mulheres, superando até mesmo o câncer e as doenças cardíacas.
Mas quais seriam as causas por trás desse transtorno, conhecido também como "doença da alma", que se apodera da pessoa causando tanto mal a ela mesma, aos amigos e familiares?
A depressão nunca ocorre como um fato isolado, ela está sempre ligada a fatos ou acontecimentos da vida daquele que sofre. São acontecimentos da vida do deprimido, que não foram elaborados emocionalmente, como a perda do trabalho, separação, morte de pessoa querida etc. A lista é imensa, afetando o corpo pela psique, pelo inconsciente.
As pessoas deprimidas não dizem ou não fazem o que querem fazer e sim, o que acha que o outro quer que ela faça. Cedem tanto em relação às palavras e ao que desejam fazer que acabam perdendo a vontade de levantar da própria cama e fazer coisas rotineiras. Perdem a vontade de trabalhar, acordar, enfim perdem o desejo de viver, sofrendo e fazendo sofrer todos ao seu redor.
Esses pacientes chegam se arrastando em nossos consultórios e à medida que relatam sua história, a atual e a de sua infância, descobrem o quanto são afetados em seu corpo e mente pelo que dizem, deixaram de dizer e principalmente pelos acontecimentos da sua infância.
Á medida que contam e escutam sua história, percebem a sua relação com as pessoas e o que tem feito com sua vida. Fazem descobertas, trazem lembranças, sonhos, desencadeando um processo que possibilita a recuperação da autoestima, dando sentido a sua vida.
Ao falar sobre si mesmo, o paciente elabora suas emoções e alimenta o seu corpo de desejo, ao invés de alimentar a depressão com a falta de palavras, deixando de ser invadido por sensações desagradáveis.
É necessário que cada pessoa seja responsável pelo seu desejo de viver e de existir, pois cada um deve se encarregar de sua história, seu destino e sua felicidade.
E lembre-se de pedir ajuda! Não se esqueça de procurar um analista!   

quinta-feira, 31 de maio de 2012

A insanidade da cereja

Você já deve ter tido a experiência de calçar um sapato apertado. Depois de algum tempo você se esquece de que o está utilizando e vai viver seu cotidiano; isso só é possível porque o inconsciente existe.
Neste tempo em que permaneceu com os sapatos, completamente esquecido deles, você acredita que nada em si mudou: Fez tudo o que precisa fazer da mesma maneira de sempre. Um observador atento, no entanto, notaria que a sua irritabilidade esteve exacerbada, que seu modo de andar estava desarmônico e que você esteve menos paciente e atencioso com as pessoas do que é o seu comum. Você não percebeu nada.
O tornar algo inconsciente, neste contexto, é então uma resposta que damos ao conflito entre nosso bem estar físico (estar descalço, usar pantufas ou tênis) e a nossa necessidade de aceitação social ("vão me achar tão elegante com esses sapatos"). Note que o conflito não se desfaz nem suas manifestações deixam de ser percebidas por outrem: ao fingir que não estamos sentindo dor, apenas a tornamos mais e por mais tempo suportável para nós mesmos. E o mesmo se dá com nossas dores emocionais.
Dores emocionais são esquecidas, ou seja, excluídas da consciência de quem a sente, num mecanismo de proteção bastante infantil. Observem crianças que diante de algo que lhes é desagradável fecham os olhos como se não ver o perigo fizesse com que ele deixasse de existir...
Ao nos protegermos do sofrimento, porém, criamos uma barreira em nossos sentidos que também nos impede de perceber os estímulos agradáveis, prazerosos. Assim sendo, precisamos de cada vez mais para sentir cada vez menos; daí as perversões sexuais, os esportes radicais, os chicletes com gosto de cereja insana...
Num mundo em que as necessidades fundamentais da pessoa são negadas, vive-se como quem tem sapatos apertados implantados na alma. Neste mundo, um chiclete sabor cereja não tem vez. É preciso uma cereja louca, desvairada pelo desespero de estimular nossas bocas carentes do seio materno, bocas anestesiadas pela dor de chorar seu abandono no berço da solidão.


(Débora Damasceno: blog:-ossentidosdoprazer.blogspot.com)     
   

terça-feira, 1 de maio de 2012

A dor de não estar vivendo

Freud, o Pai da Psicanálise, disse: "Quando a dor de não estar vivendo for maior que a dor da mudança, a pessoa muda."
O medo de não dar certo, do desconhecido, de errar, assusta. Por isso, as pessoas relutam em mudar, o novo as deixa inseguras. Elas preferem permanecer na rotina, não se arriscam, porque qualquer mudança gera desconfiança e medo.
São pessoas frustadas e reprimidas em sua infância por pais autoritários e opressores, viviam em lares onde nada se podia, tudo era proibido e censurado, o que acabou fazendo com que perdessem o tesão pela vida, o entusiasmo de querer viver.
Por outro lado, existem aqueles que querem realmente mudar, ou momentos na vida em que se decide mudar. A partir daí, as pessoas não procuram soluções fora, não culpam os outros pela sua infelicidade ou buscam justificativas pelos seus fracassos.
Elas não perdem tempo tentando mudar somente por fora, e não por dentro, onde reside a essência da verdadeira mudança. Para essas pessoas, não há mais tempo para ficar se lamentando, ou dizendo que não conseguem, que é difícil...Elas não buscam muletas para se apoiar, ser dependente...
Por isso, ouça seus instintos, ouça seu corpo, seu coração, sua inteligência. Dependa apenas de si mesmo, vá onde a sua espontaneidade o levar, e viva uma vida de forma natural com criatividade e alegria. Pare de reclamar tanto da vida e simplesmente seja feliz! 
    

segunda-feira, 30 de abril de 2012

II Semana Freud

Confira a programação completa e participe!

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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Atendimento também em Alphaville!

Caminhar é preciso...

O novo só vem quando nós o buscamos. É preciso sempre provocá-lo.

E com esse novo sentimento, estou iniciando meus atendimentos psicanalíticos em Alphaville.

Centro Comercial Alphaville - Barueri - SP

Tel. (11) 8464-5949 / (11) 6736-8131



Fico feliz com sua visita!!!



domingo, 11 de março de 2012

Sexo Sexo Sexo

Hoje em dia se diz muito que sexo não é mais uma questão, afinal pode-se fazer sexo com quem se queira da forma que se achar adequado. Gozamos enfim de liberdade sexual.
Mas o fato é que sexo ainda é a palavra mais buscada no Google, que revistas com pessoas peladas ainda causam frisson, que filmes pornôs com toda sua artificialidade ainda conseguem ter audiência...
Em verdade, nos tempos atuais a moeda chamada repressão apenas nos está a revelar sua outra face: se antes a prática sexual era proibida, hoje ela é obrigatória. Leio as mesmas revistas que há trinta anos pregavam a absoluta castidade a moças casadoiras defendendo hoje que uma mulher que desconhece a técnica "x" do sexo oral não será capaz de satisfazer o namorado e, se não o satisfaz, você sabe, ele vai embora...
A angústia sexual nos tempos contemporâneos é tanta que a maior parte das pessoas se precipita para o sexo como quem quer se livrar rapidamente de um dever ruim e o que deveria ser uma expressão de todos os sentidos, a união perfeita de afeto e sensualidade, capaz de curar doenças e produzir luz, torna-se apenas o roçar de genitais frios e secos.
O fazer amor, tão bem nominado pelos franceses, nunca foi um roçar de genitais ou alguma forma elaborada de exercícios de alongamento e sim um contato que se iniciava com a percepção dum brilho no olhar , um reconhecimento intrínseco da beleza de outro ser... por isso tantas vezes foi chamado de arte.

(Débora Damasceno:- http://www.osentidosdoprazer.blogspot.com/

segunda-feira, 5 de março de 2012

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Frases e Pensamentos de Sigmund Freud - III

" O caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver."

" O homem enérgico e que é bem sucedido é o que consegue transformar em realidades as fantasias do desejo."

" Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos."

" O narcisismo das pequenas diferenças é a obsessão por diferenciar-se daquilo que resulte mais familiar e parecido."

" O objetivo da ciência não é atemorizar ou consolar. Mas, de minha parte, estou pronto a admitir que conclusões importantes, como as que inferi, deveriam apoiar-se em fundamentos mais amplos, e que, talvez, desenvolvimentos em outras direções possam permitir à humanidade corrigir os resultados dos desenvolvimentos que aqui venho considerando isoladamente."

" O primeiro humano que insultou o seu inimigo, em vez de atirar-lhe uma pedra, inaugurou a civilização."

" O psicanalista é o bode expiatório dos hebreus. Nele as depositam  os seus pecados."

" Os judeus admiram mais o espírito do que o corpo. A escolher entre os dois, eu também colocaria em primeiro lugar a inteligência."

" Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras."

" Qualquer um que desperto se comportasse como nos sonhos seria tomado por louco."

" Se quiseres poder suportar a vida, fica pronto para aceitar a morte."

" Toda anedota, no fundo, encobre uma verdade."

" Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro."

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Dependência Emocional

O ano novo iniciou, já estamos em fevereiro, as promessas de mudanças que foram feitas no virar do ano já passaram, reflexões sobre as mudanças atingidas e o que ainda não foi possível realizar também. Agora a pergunta importante a ser feita é: consegui me libertar da dependência emocional?
Existe um equívoco nesta área, onde a pessoa ora molda seu parceiro para encaixá-lo em seu ideal de mundo, ora se anula por não conseguir expressar sua identidade e desejos nas situações.
Quantas vezes a pessoa deixa de realizar suas vontades, para fazer aquilo que tem importância ao outro. Quantos "nãos" deixou de dizer por não querer magoar o outro, mesmo que isso tenha significado magoar a si mesmo. Às vezes também, por puro capricho, obrigou o outro a realizar suas vontades.
Outra pergunta interessante a fazer é: o que te prende a algo ou a alguém? Qual o ganho secundário existente para manter-se nesta situação?
Para assumir o comando da sua vida é preciso abandonar crenças limitantes, descobrir em quem e no que se está enganchado. Se não começar a dar os primeiros passos em direção a sua realização você fará sempre o que os outros querem que faça. E pare de obrigar o outro a realizar seus desejos.
Lembre-se que em um relacionamento em que duas pessoas se tornam uma, o resultado final será sempre duas meias pessoas.
Seja você mesmo...Viva...Ame...Aproveite...Essa é a sua vida. Faça com ela o que quiser, mas tenha a melhor vida que puder desfrutar. Feliz 2012.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Hermann Hesse

..." Esses meninos que partiram tem para mim, apesar de tudo, alguma coisa de imponente, assim como o anjo rebelde Lúcifer tem certa grandiosidade. Talvez tenham feito uma coisa errada, podemos admitir que cometeram um erro mas, seja como for, fizeram alguma coisa, realizaram algo, ousaram dar um salto e é preciso coragem para isso. Nós que fomos aplicados, pacientes e ajuizados, não fizemos nada, não demos salto nenhum."

do Livro: O Jogo das Contas de Vidro. Hermann Hesse     

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Frases e Pensamentos de Sigmund Freud - II

" A ciência não é uma ilusão, mas seria uma ilusão acreditar que poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos pode dar."

" As vezes um charuto é somente um charuto."

" Cada um de nós tem a todos como mortais menos a si mesmo."

" Disse Platão que os bons são os que se contentam com sonhar aquilo que os maus fazem na realidade."

" Eduque-o como quiser; de qualquer maneira há-de educá-lo mal."

" Existe duas maneiras de ser feliz nesta vida, uma é fazer-se de idiota e a outra sê-lo."

" Fui um homem afortunado; na vida nada me foi fácil."

" Na verdade não sou de forma alguma um homem de ciência, nem um observador, nem um experimentador, nem um pensador. Sou, por temperamento, nada mais que um conquistador  - um aventureiro, em outras palavras - com toda a curiosidade, ousadia e tenacidade características desse tipo de homem."

" Nunca somos tão indefesos contra o sofrimento como quando amamos."

" Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons."

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Definitivo - (Drummond)

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,  pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...    

Frases e Pensamentos de Sigmund Freud - I

" Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada! "

" A ciência moderna ainda não produziu um medicamento tranquilizador tão eficaz como o são umas poucas palavras bondosas."

" A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz."

" O pensamento é o ensaio da ação."

" A grande pergunta que nunca foi contestada e a qual ainda não pude responder, apesar de meus trinta anos de investigação da alma feminina, é: o que quer uma mulher?"

" A humanidade progride. Hoje somente queimam meus livros; séculos atrás teriam queimado a mim."

" A inteligência é o único meio que possuimos para dominar os nossos instintos."

" A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da civilização humana."

" A sede de conhecimento parece ser inseparável da curiosidade sexual."

" A verdade a cem por cento é tão rara como o álcool a cem por cento."

" Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo."